sábado, 11 de abril de 2015

Perdi um livro

Era uma tarde de melodia baixa;
Daquelas que o fone de ouvido,
A calçada molhada, o chão griposo,
Em frente a praça, o olhar de um doido.

E agora? Sem segredos de fim do mundo.
Sem perceber o mendigo;
Deitado, estafado, drogado e lendo fundo.
E na calçada, seguia, surf, play boy, academia..

Muito tempo que estou longe de casa,
Mais duas flores nascidas do mesmo asfalto;
Observação necessária, pra os pés descalços.

Quanto tempo leva pra entender?
Como agir o certo então?
Assim deve ter pensado;
O cara que cortou a orelha do soldado.

De que adianta uma lamina fria;
Se é da carne que sai a agonia.
Vamos sair, mesmo sem dinheiro;
Não temos tanta paciencia pra um dia inteiro.

Perdi um livro.
É a perda da perfeição;
Talvez perdendo eu fique sem refeição.
Se tenho fones de ouvido;
Estou deitado;
Estou descalço;
Penso como Simão;
Pra que a lâmina fria? Pra que a agonia? Pra que o dinheiro?
Pra que a paciencia então?

Eu só havia perdido um livro;
Eu só queria vagar pela praça,
Eu só queria ler o livro,
Ver a metade da dor...
Que por enquanto não passa..

Obs; Por favor amiguiQUIS E amiguiCAS, não copiem, não plagiem eu tive muito trabalho pra escrever, escrevi lendo castro Alves e assistindo Simpsons..